terça-feira, 2 de outubro de 2012

Timor-Leste é "missão cumprida" para comunidade internacional - Portugal

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Nova Iorque, 02 out (Lusa) - A missão da ONU em Timor-Leste foi "cumprida", tornando-se num "caso de sucesso" entre as operações de manutenção de paz, defendeu na Assembleia Geral o embaixador de Portugal na ONU. 

 "Timor-Leste é um exemplo de sucesso graças, em primeiro lugar, aos próprios timorenses, mas também devido ao apoio eficiente das Nações Unidas", disse o diplomata, Moraes Cabral, na intervenção de Portugal no debate da 67ª Assembleia Geral da ONU. 

A Missão Integrada da ONU (UNMIT), vai concluir o mandato no final do ano, com sentido de dever "cumprido", após a realização bem sucedida de eleições presidenciais e legislativas, abrindo um novo ciclo de cooperação entre a comunidade internacional e o país, "em linha com as prioridades definidas pelo governo", disse o embaixador português. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse sábado à agência Lusa que o país quer sair o mais rápido possível da agenda do Conselho de Segurança, que dá uma imagem de instabilidade ao país. 

 "Não queremos mais que Timor-leste seja inscrito na agenda do Conselho de Segurança, esse é ponto base da nossa posição", disse o ministro, na conclusão da participação timorense no debate anual da Assembleia Geral da ONU. 

 O primeiro ministro timorense, Xanana Gusmão disse este mês que o país pretende ter uma relação inovadora com as Nações Unidas após o fim do mandato da UNMIT, previsto para 31 de dezembro, excluindo a presença de qualquer tipo de missão daquela organização no país depois dessa data. 

Na sua intervenção na Assembleia Geral, terça feira, exprimiu a "gratidão" do povo de Timor-Leste pelo apoio da comunidade internacional à construção do Estado timorense, sublinhando que o país está agora "pronto para liderar" o seu próprio desenvolvimento. 

Perante as provas de "maturidade" do povo timorense, depositando "confiança nos lideres eleitos e instituições estatais", "mais do que nunca" o país está "pronto para liderar" o processo de desenvolvimento. 

Na Assembleia Geral, Moraes Cabral sublinhou ainda o trabalho da CPLP na "defesa de valores universais, através do multilateralismo ativo" e na promoção da língua portuguesa, com perto de 250 milhões de falantes. 

Com este fim, adiantou, os oito países lusófonos "continuam a trabalhar juntos" para que o português seja reconhecido como língua oficial de trabalho na ONU. 

PDF // JCS. Lusa/Fim 
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