quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Magistrados expulsos de Timor investigavam ministros

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O governo timorense expulsou do país seis magistrados e um oficial da PSP por, alegadamente, terem “falta de capacidade técnica" para "dotarem funcionários timorenses de conhecimentos adequados". 

Contudo, descobriu o Expresso, um dos juízes expulsos iria presidir o julgamento da ministra das Finanças e a procuradora portuguesa tinha participado em investigações a membros do governo timorense. 

Cinco juízes, uma procuradora e um oficial da PSP foram despedidos e expulsos de Timor por ordem do governo local. Já hoje, revela o Expresso, outros dois juízes foram demitidos, contudo, não foram expulsos. A atuação do governo timorense já desencadeou diversas reações, com o homónimo português a considerar “deplorável” a decisão do executivo de Xanana Gusmão. 

O Expresso Diário desta terça-feira revela que um dos juízes e a magistrada que foram expulsos estavam a investigar e a julgar vários membros do governo local. De acordo com a mesma fonte, um dos juízes que foi expulso tinha sido destacado para presidir o julgamento da ministra das Finanças, Emília Pires, que está acusada de vários crimes económicos. 

A procuradora, que também foi obrigada a sair de Timor, participou em várias investigações cujos alvos eram membros do governo timorense. 

O Expresso cita ainda o jornal local, Tempo Semanal, que revela que o primeiro-ministro Xanana Gusmão enviou, a 22 de outubro, uma cartão ao presidente do parlamento a pedir “que não seja autorizado o levantamento da imunidade” dos membros do seu governo. 

 A atuação do governo timorense já desencadeou diversas reações, com o homónimo português a considerar “deplorável” a decisão do executivo de Xanana Gusmão. 
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