quinta-feira, 17 de julho de 2014

Jornalistas timorenses ameaçam boicotar a cimeira da CPLP

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Foto, Jornal Nacional Diário

Timor Hau Nian Doben - 17 de julho de 2014

Apenas a TVTL, a media ligada à Secretária de Estado da Comunicação Social (SECS) e os jornalistas pertencentes aos órgãos de informação do governo, terão acesso às salas dos encontros entre os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para fazerem a cobertura jornalística, noticiou o Tempo Semanal.

De acordo com o citado periódico, os outros jornalistas apenas terão acesso aos comunicados de imprensa e às fotos que foram tiradas pela SECS ou pela media do governo. Os jornalistas locais apenas terão a oportunidade de falarem e fazerem a cobertura diretamente, numa conferencia de imprensa a realizar no dia 23 do corrente mês.

Em declarações ao Tempo Semanal, a jornalista do Timor Post, Rosa Garcia, disse que "estas regras impostas pela SECS e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC) são como uma grande discriminação para a media timorense (...) é melhor os jornalistas não marcarem presença no MNEC, porque vão marcar presença, usarem os casacos mas apenas para passearem neste edifício. Por este motivo ela prefere trabalhar no seu escritório e ter acesso às noticias através da Internet ou assistir em direto pela TVTL.

 Para além das restrições aos jornalistas nacionais o referido jornal noticiou ainda que estas regras não se aplicam apenas à comunicação social timorense, os correspondentes internacionais não têm permissão para tirarem fotos.

António Dasiparo da Agência EPA, em declarações ao Tempo Semanal criticou estas regras, porque de acordo com as normas dos correspondentes, eles estão proibidos de usarem fotos que não sejam da sua autoria.

Os jornalistas timorenses querem chamar e conversar com o responsável máximo que elaborou esta lei, para esta ser anulada, doutra forma a media local está preparada para boicotar a cimeira da CPLP.

Timor-Leste assume pela primeira vez a presidência da CPLP, durante a cimeira de Díli, substituindo a Moçambique.
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