segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Fundo Petrolífero de Timor-Leste ultrapassa os 10 mil milhões de euros

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Díli, 12 ago (Lusa) - O Fundo Petrolífero de Timor-Leste aumentou cerca de 595 milhões de euros para 10,7 mil milhões de euros, segundo o relatório relativo ao segundo trimestre de 2013 divulgado hoje pelo Banco Central timorense.

Segundo o documento, divulgado na página na Internet do Banco Central de Timor-Leste, as "entradas brutas de dinheiro no fundo com origem nos royalties e impostos foram de 796 milhões de dólares (cerca de 596 milhões de euros)", tendo o capital aumentado para 13,6 mil milhões de dólares (10,7 mil milhões de euros).

O documento refere também que a perda da carteira no mesmo período foi de 149,93 milhões de dólares (112,2 milhões de euros), o que "corresponde a -1,02 por cento, enquanto do retorno do benchmark foi de -1,11 por cento.

No primeiro trimestre de 2013, o retorno da carteira foi de 264,8 milhões de dólares (198 milhões de euros), correspondendo a 2,18 por cento, enquanto o retorno do benchmark foi de 2,07 por cento.

A perda na carteira é justificada no relatório com a "recuperação anémica do mercado laboral norte-americano e os efeitos potenciais de redução do estímulo fiscal sobre o andamento tépido da economia", que continuam a ser a principal preocupação dos investidores.

"No que se refere ao mercado imobiliário norte-americano será de destacar o fortalecimento recente do setor, mas importará notar que será necessário um longo período até que recupere totalmente da crise de 2008-2009", refere o documento.

O documento salienta também que a FED, na última reunião, em junho, "revelou a expectativa de se vir a reduzir o ritmo mensal do programa de compra de ativos", o que se traduziu "imediata e diretamente no aumento das taxas de juro obrigacionista e em perdas de valor para a generalidade dos mercados acionistas e de 'commodities'".

A queda do preço do ouro e da generalidade dos metais preciosos e industriais, a revisão em baixa das perspetivas económicas de países emergentes e o aumento da volatilidade dos mercados de taxa de juro decorrentes das alterações de política monetária do Banco Central do Japão, justificam também a perda na carteira.

A Lei do Fundo Petrolífero foi estabelecida em 2005 com intenção de contribuir para a gestão eficaz dos recursos petrolíferos de Timor-Leste. 

O fundo é gerido em conjunto pelo Banco Central de Timor-Leste, responsável pela gestão operacional, e o Ministério das Finanças, responsável pela gestão global. 

Em agosto de 2011, o parlamento aprovou uma alteração da lei com o objetivo de flexibilizar a diversificação da carteira de aplicações, que, até àquela data, contava apenas com investimentos em títulos do Tesouro norte-americano, para aumentar o retorno dos investimentos.

MSE // MLL

Lusa/Fim
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